O hipotireoidis­mo é um prob­le­ma no qual a glân­du­la da tireoide não pro­duz hor­mônios sufi­cientes para a neces­si­dade do organismo.

Causas

A glân­du­la da tireoide é um órgão do sis­tema endócrino. Ela está local­iza­da na região ante­ri­or do pescoço, ao redor da traque­ia. Ape­sar de seu taman­ho médio ser de 15 ml (o que dá menos da metade de um copin­ho de café descartáv­el) ela é respon­sáv­el pela pro­dução de 2 hor­mônios: a tri­iodotiron­i­na (T3) e a tetraiodotiron­i­na (T4). Estes hor­mônios con­tro­lam como cada célu­la do cor­po gas­ta ener­gia – o chama­do metabolismo.
A pro­dução do T3 e T4 é reg­u­la­da pelo hor­mônio TSH, que é pro­duzi­do na glân­du­la hipó­fise. O TSH age como se fos­se um inter­rup­tor: quan­do fal­tam T3 e T4 no sangue, o TSH sobe (fica “lig­a­do”) e com isso ten­ta nor­malizar os níveis destes hor­mônios. De for­ma inver­sa, quan­do T3 e T4 estão ele­va­dos no sangue o TSH fica “desli­ga­do” e seus níveis no sangue caem.O hipotireoidis­mo acon­tece quan­do os níveis hor­mon­ais estão baixos.
O quadro pode acon­te­cer por um perío­do cur­to (agu­do) ou lon­go (crôni­co).

O hipotireoidismo pode ter variadas causas:

Doenças autoimunes

As doenças autoimunes acon­te­cem quan­do o sis­tema imunológi­co ata­ca teci­dos saudáveis do cor­po. Às vezes isso pode acon­te­cer tam­bém com a tireoide, o que pode atra­pal­har a glân­du­la a pro­duzir as quan­ti­dades nor­mais de hormônios.

Doença congênita

Alguns casos são des­en­cadea­d­os por um mal desen­volvi­men­to da tireoide, que acon­te­ceu intra-útero, ou seja, durante a ges­tação. Para ess­es casos, os espe­cial­is­tas der­am o nome de hipotireoidis­mo con­gêni­to. Cri­anças com essa for­ma da doença podem não apre­sen­tar quais­quer sin­tomas depois do nasci­men­to, o que pode causar com­pli­cações no futuro.

Distúrbio pituitário

Uma das causas mais raras é redução da pro­dução do hor­mônio TSH pela hipó­fise, a glân­du­la-mãe do sis­tema endócrino. Exis­tem defeitos na lin­ha de pro­dução do TSH na hipó­fise que podem oca­sion­ar o quadro, que neste caso chamamos de hipotireoidis­mo cen­tral. Tam­bém são causas de hipotireoidis­mo cen­tral: tumores na hipó­fise, lesões cere­brais e doenças autoimunes da hipófise.

Gravidez

Algu­mas mul­heres podem desen­volver hipotireoidis­mo durante ou após a ges­tação. Vale ressaltar que sem o trata­men­to cor­re­to, aumen­ta o risco de par­to pre­maturo e tam­bém de pré-eclâmp­sia, uma condição em que a pressão san­guínea da mul­her aumen­ta con­sid­er­av­el­mente durante os últi­mos três meses de gravidez. O quadro tam­bém pode afe­tar o desen­volvi­men­to do bebê, pois o sis­tema neu­rológi­co em for­mação do bebê pre­cisa rece­ber os hor­mônios da tireoide para poder crescer ade­quada­mente. É muito impor­tante que a mul­her que tem hipotireoidis­mo pro­cure seu Endocri­nol­o­gista assim que ficar grávi­da, com o intu­ito de rece­ber dose cor­re­ta do medica­men­to durante a gestação.

Deficiência de iodo

O iodo é um impor­tante min­er­al para o cor­po. Ele é encon­tra­do prin­ci­pal­mente em fru­tos do mar e rep­re­sen­ta um papel impor­tan­tís­si­mo na pro­dução de hor­mônios da tireoide. A defi­ciên­cia de iodo não cos­tu­ma ser comum no Brasil, porque aqui o nos­so sal é ioda­do por lei.

Fatores de risco

Emb­o­ra qual­quer um pos­sa desen­volver hipotireoidis­mo, alguns fatores são con­sid­er­a­dos de risco para desen­volver a doença:

• Ser mulher
• Ter 60 anos ou mais
• Ser por­ta­dor de uma doença autoimune
• Ter históri­co famil­iar de doença autoimune
• Faz­er uso de medica­men­tos que pos­sam afe­tar a pro­dução dos hor­mônios da tireoide
• Pas­sar por sessões de radioterapia
• Já ter feito uma cirur­gia de tireoide
• Estar grávi­da ou ter dado à luz nos últi­mos seis meses.

Sintomas de Hipotireoidismo

Os sinais e sin­tomas de hipotireoidis­mo cos­tu­mam vari­ar, depen­den­do da pes­soa e da gravi­dade do caso. Em ger­al, os sin­tomas man­i­fes­ta­dos ten­dem a se desen­volver lenta­mente, às vezes por muitos anos.

Os sintomas mais comuns do hipotireoidismo costumam ser:

• Fadi­ga
• Sen­si­bil­i­dade ao frio
• Prisão de ventre
• Pele ressacada
• Gan­ho inex­plicáv­el de peso
• Inchaço no rosto
• Rouquidão
• Fraque­za muscular
• Coles­terol alto
• Dores, sen­si­bil­i­dade e rigidez musculares
• Que­da de cabelo
• Rit­mo cardía­co mais lento
• Depressão
• Prob­le­mas de memória.

Diagnóstico de Hipotireoidismo

O diag­nós­ti­co de hipotireoidis­mo é basea­do nos sin­tomas do paciente e nos resul­ta­dos de exam­es de sangue que medem o nív­el do TSH (hor­mônio estim­u­lante da tireoide) e a dosagem do T4 (tetraiodotiron­i­na) livre.

Tratamento de Hipotireoidismo

O trata­men­to padrão para o hipotireoidis­mo envolve o uso diário de uma ver­são sin­téti­ca do hor­mônio tetraiodotiron­i­na (T4): a lev­otirox­i­na. Esta med­icação oral restau­ra os níveis hor­mon­ais ade­qua­dos, rever­tendo os sinais e sintomas.
Os primeiros resul­ta­dos do trata­men­to cos­tu­mam apare­cer de uma a duas sem­anas após o seu início.
No entan­to, para deter­mi­nar a dose exa­ta de lev­otirox­i­na, o médi­co geral­mente ver­i­fi­ca o nív­el de TSH após dois a três meses.
Se você tiv­er doença arte­r­i­al coro­nar­i­ana ou hipotireoidis­mo grave, o médi­co pode ini­ciar o trata­men­to com uma quan­ti­dade menor de med­icação e aumen­tar grad­ual­mente a dosagem. Reposição hor­mon­al pro­gres­si­va é impor­tante para adap­tar o cor­po ao novo metab­o­lis­mo, que é mais acelerado.
Se uti­liza­do nas dos­es cor­re­tas, a lev­otirox­i­na não cos­tu­ma provo­car efeitos colaterais.

Con­tate a Clíni­ca Delabor­ba Neu­ro­cirur­gia e Endocrinolo­gia em Brasília-DF para mais infor­mações e mar­que uma consulta.

Fonte: www.minhavida.com.br

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